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EscoLaSiDo - Ferramentas para o Educador Musical Contemporâneo

Aqueles que procuram enriquecer e colorir ainda mais sua prática encontrarão aqui novos caminhos e idéias para utilizar em sala de aula.

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Bansuri - flauta indiana



Paramatma - Blog de Jean Christophe Aveline sobre flauta indiana. Um mergulho no colorido que nos oferece a cultura hindú.


Ouça seu trabalho aqui:













Esta página existe com o intuito de fornecer informações e caminhos para aqueles que se interessam por instrumentos musicais artesanais, rústicos, atípicos, de todas as culturas e épocas. Em "links interessantes" poderá direcionar sua buscar para outros sites referentes a música e organologia (estudo dos instrumentos musicais).

Os instrumentos aqui postados são feitos utilizando bambu e outros materiais. Os nomes a eles associados nem sempre representarão o modelo original em sua forma típica, mas sim, serão inspirações criadas a partir de estudos e tentativas relativas aos instrumentos observados.

Páginas em desenvolvimento

Prelúdio

Com Licença por chegar em sua vida
Levando um pouco de minha lida,
Aqui o que falo tem haver com instrumentos,
Dos teus segredos e dos teus ensinamentos.

Com licença por falar da tradição,
Ignorando toda minha provação,
Daquele tempo que não tinha afinador,
Favor, não pensem que não dou-lhes o valor.

Se acaso disser algo errado,
Perdoem-me não estou letrado,
Sou é muito curioso.

Mas tenho no Glorioso
Um pacto com o vento,
Eu Sou um Instrumento.

Utilização de bambus para confecção de instrumentos


Uma cana, da família das gramíneas com cerca de 45 gêneros e 1.300 espécies que crescem espontaneamente em regiões de quase todo o mundo, o bambu é utilizado há milênios, nas mais variadas funções e não raro é chamado “pau pra toda obra”. Na China, no Japão e na Índia, é usado: Na alimentação, na construção civil, na medicina, na fabricação de papel e também para produzir álcool.
No caso de instrumentos musicais artesanais, as canas mais usadas são bambusa vulgaris e dendrocalamus, conhecidas popularmente como bambu, taquara, taboca, bambu gigante e bambu balde. Seu formato cilíndrico, ligeiramente cônico e o tamanho que muda de gomo para gomo, permite explorar gama bem diversa de freqüências. A “parede” e a casca, que podem variar consideravelmente de espessura, têm sua fibra disposta toda em sentido longitudinal, o que garante que o corpo vibre de forma homogênea e seus nós são extremamente aparentes encontrando-se entre os gomos e podendo ser usados como tampa lateral. Mas o principal fator para utilização deste material como corpo acústico é sua parte interna oca, que serve como caixa amplificadora. Isto possibilitou aos homens primitivos, no início do descobrimento dos sistemas produtores de sons, um objeto semi-pronto onde pudessem explorar as notas e as formas de “extraí-las” do pseudo-instrumento.
As varas de bambu, quando ficam maduras, secam, quebram e caem naturalmente. Os gomos da parte de baixo e do meio são os de melhor qualidade para instrumentos. Sua extremidade mais alta tem a capacidade de germinar novas touceiras e não é muito apropriada para instrumentos, por não estar muito seca. Estes pedaços devem ser colocados em local apropriado para seu desenvolvimento. Também é seguido o sistema de corte em ferradura, que consiste em retirar primeiro as varetas mais internas da touceira para que os da parte mais externa amadureçam mais. Com isso é feita uma poda das partes mais enfraquecidas, para que a planta concentre sua força nas partes mais jovens. Respeitando os ciclos e a forma mais apropriada para colheita, é possível obter grandes resultados com essa matéria-prima colaborando com o meio ambiente.
A utilização de bambus para o ensino da confecção de instrumentos musicais, substitue o corte de madeira e em muitos aspectos mostrasse mais barata e acessível. Além do contato com o material em estado bruto estimular a criatividade e promover a explicação do funcionamento do instrumento, o estudante visualiza o processo de forma integral, o que o possibilita a explorar outros modelos, tamanhos e, quem sabe até, outras maneiras de ensinar.